Sua Alma Grita por Luz? O Caminho da Cigana Celeste te Espera!
por Santiago Rosa
Sente o arrepio? Aquele frio na espinha que não é de medo, mas de uma verdade antiga que te chama? No fundo da alma, onde as luzes da cidade não alcançam e o barulho do mundo se cala, há um sussurro. É a voz da sua própria caravana, um chamado que ecoa de tempos imemoriais, de fogueiras que nunca se apagam e de estrelas que guiam os passos dos que ousam sentir. Mas, e se essa voz, que deveria ser um canto de liberdade, estiver abafada pelo pó da estrada, pelas marcas de um caminho que não é seu? E se o brilho dos seus olhos, antes espelho do céu, estiver opaco, embaçado pelas lágrimas não choradas, pelos medos não enfrentados, pelas dores que se aninham no peito como serpentes adormecidas?
Mas a verdade é que muitos de nós carregam um peso invisível, uma dor que se disfarça de cansaço, de desânimo, de uma tristeza sem nome. É a dor de se sentir pequeno diante do mundo, de ter a voz embargada quando se quer gritar, de ver o brilho dos outros e sentir o próprio se esvair. É o medo de não ser suficiente, de não ser amado, de não encontrar seu lugar na grande roda da vida. Essa dor, meu irmão, minha irmã, é alimentada pelas ventanias da inveja alheia, pelos sussurros da maledicência, pelas correntes invisíveis que a sociedade impõe. Ela se manifesta na ansiedade que aperta o peito, na insônia que rouba o descanso, na sensação de que algo fundamental está faltando, mesmo quando tudo parece estar no lugar. É o vazio que a alma sente quando se desconecta da sua essência, quando se esquece que é parte de algo maior, de uma teia de amor e proteção que se estende por todos os planos.
É nesse ponto que a sabedoria da Cigana Celeste, com seu leque de cores e seu baralho de verdades, se revela. Ela nos ensina que o amor verdadeiro não é um sentimento frágil, mas um punhal de luz que corta as amarras do medo. É como a fogueira que crepita no centro do terreiro, aquecendo os corações e purificando as almas. "Onde há amor verdadeiro", ela sussurra, com a voz que parece vir do vento e da terra, "não há espaço para aquilo que enfraquece o espírito ou obscurece a alma." Ela nos lembra que o amor é a mais alta vibração, um dom que já nasce em nós, como a estrela que brilha no céu noturno, guiando os viajantes. Não se aprende o amor, se o sente, se o vive, se o cultiva como um jardim sagrado, onde cada flor é um gesto de bondade, cada folha, um ato de paciência, e cada fruto, a alegria de viver. É preciso proteger essa chama das ventanias do mundo, das sombras que tentam apagar o seu brilho. Viver de acordo com o que o coração manda é dançar a roda da vida no ritmo do seu próprio axé, é ouvir o sussurro da alma, mesmo quando o mundo grita o contrário. Na Umbanda, aprendemos que o amor é a força que nos conecta aos Orixás, aos Guias, aos Ancestrais, à grande caravana espiritual que nos ampara. Quando vivemos no amor, Saravá! Estamos alinhados com o sagrado, e nenhuma energia que não nos sirva pode nos tocar. O amor, ela nos diz, é firmeza. Não é aceitar tudo, mas agir com o coração guiado por valores que elevam a nossa caminhada. É a certeza de que, ao confiar no nosso propósito, não há espaço para o que não vibra na frequência da luz. O amor não apenas protege; ele transforma. Onde há amor, a raiva se desfaz como fumaça, o medo se dissolve como orvalho ao sol, e a tristeza encontra o caminho de volta à serenidade, como um rio que deságua no mar. Para a Cigana Celeste, viver com amor é mais que uma escolha; é uma prática diária, um compromisso com a espiritualidade e com a sua própria essência. Então, meu irmão, minha irmã, viva o que seu coração manda. Cultive o amor verdadeiro, como quem cuida de um jardim que nunca para de florescer. E confie: onde há amor, há luz suficiente para afastar qualquer sombra que tente se aproximar. Que o brilho da sua alma ilumine a sua estrada. Optchá!
.png)



MUITO LINDO! ADORO SEUS TEXTOS! SÃO EXTREMAMENTE RELEVANTES E
ResponderExcluirINSTIGANTES! 👏👏👏👏👏👏👏👏💙💙💙💙💙💙💙