Oxumaré: O Fluxo dos Ciclos, a Dança da Transformação e a Beleza do Eterno Movimento

 A influência de Oxumaré em nossas vidas é uma das manifestações mais belas e profundas que podemos experimentar. Oxumaré é movimento, é ciclo, é transformação. Ele não é apenas uma força distante, observando de longe; ele está presente no pulsar do nosso cotidiano, no fluxo constante que nos impulsiona a seguir adiante, mesmo quando as circunstâncias parecem nos convidar à estagnação. Oxumaré nos ensina que o movimento é essencial para a vida terrena, para que possamos compreender que parar diante do que não nos serve, do que não nos traz benefício, é negar a própria essência da existência. Ele nos convida a agir, a mudar, a transformar, porque sabe que é no movimento que encontramos a verdadeira força da vida.


Oxumaré gosta de nos ver em ação, em constante busca por um amanhã melhor. Ele não deseja que nos conformemos com o que já não nos satisfaz, mas que tenhamos a coragem de dar passos firmes em direção a novas possibilidades, a novas realizações. Ele quer nos ver evoluindo, crescendo, encontrando satisfação não apenas nas coisas materiais que possuímos, mas, sobretudo, naquilo que somos. Quando nos abrimos aos caminhos da espiritualidade, especialmente na Umbanda, é comum sentirmos a presença de Oxumaré em momentos cruciais de nossas vidas. Ele nos toca com sua energia, nos mostrando que a vida é feita de ciclos, que tudo tem um começo e, inevitavelmente, um fim. Oxumaré conhece profundamente esses ciclos; ele tem o dom de perceber quando um ciclo está se encerrando em nossa vida e nos prepara para o que está por vir. Ele é o senhor das transições, aquele que controla o fluxo entre o que foi e o que será.

No entanto, a espiritualidade não impõe; ela orienta. Oxumaré não nos força a nada, mas nos oferece as ferramentas para que possamos compreender e aceitar os movimentos necessários para nossa evolução. Cabe a nós decidir se estamos prontos para abraçar essas mudanças ou se preferimos permanecer onde estamos. Quando entendemos que os ciclos são parte fundamental de nossa existência, que eles são necessários para nosso crescimento espiritual e material, muitas das respostas que buscamos começam a surgir. Os ciclos são, em si, movimentos. Observe, por exemplo, a transição entre o dia e a noite: enquanto o tempo avança, a Terra se move, e incontáveis energias se reorganizam para que esse processo ocorra. Tudo isso é obra de Oxumaré, que não permite que nada fique estático, pois é no movimento que a vida se renova, que as energias se transformam, que encontramos a coragem para deixar para trás o que já não nos serve e seguir em direção a novos horizontes.

E nesses movimentos, surge a transformação. Oxumaré nos oferece a possibilidade de mudar, de nos reinventar, porque sabe que a transformação é necessária. Ele compreende que, ao nos transformarmos, nos tornamos melhores, mais alinhados com nosso propósito, mais equilibrados em nossa jornada. A transformação é o que nos permite encerrar um ciclo e iniciar outro, com a sabedoria de que cada fim é, na verdade, um novo começo. Oxumaré não descansa, pois ele sabe que a vida é um eterno fluxo de ciclos que se sucedem, cada um trazendo consigo lições, desafios e oportunidades de crescimento. Não há um número exato de transformações que precisaremos enfrentar em nossa existência terrena; o que importa é que sempre haverá espaço para um novo movimento, um novo ciclo, uma nova chance de evoluir.

Oxumaré deseja que estejamos sempre em movimento, que saibamos identificar quando um ciclo se encerra e outro se inicia, e que, nesse intervalo, vivamos intensamente cada experiência, aproveitando ao máximo tudo o que nos faz bem. E quando percebermos que uma jornada já não nos serve, que já não nos traz benefícios, ele nos encoraja a encerrar esse ciclo, a nos movimentar e a abraçar as transformações que virão. Mude, transforme-se, busque novos caminhos, novas possibilidades. Saiba que, ao fazer isso, você não estará sozinho. Em algum momento, você olhará para o horizonte e verá um arco-íris exuberante, e terá a certeza de que Oxumaré está ali, acompanhando cada passo da sua jornada. Ele está presente onde o arco-íris começa e onde ele termina, pois Oxumaré é o próprio arco-íris, a ponte entre o céu e a terra, entre o que foi e o que será. Ele é a força que nos guia, que nos transforma, que nos lembra que a vida é um eterno movimento em direção à luz.


Santiago Rosa

Comentários

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